quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A quem interessa não haver voto universal?

              Vem de forma impactante o questionamento. Mas ainda assim é ele de uma forma quase subliminar ao longo de toda a reflexão acerca do nosso Departamento. Pergunta-se pois: Por que ir contra o voto universal? Por que negar que a decisão da maioria seja aceita? Por que inverter a lógica democrática que às duras penas foi conquistada pela (bem)dita  sociedade ocidental? Por quê?! A resposta não vem! De novo se indaga e se retorce, na esperança de um retorno: A quem interessa?! A resposta não vem! É como se um dogma surdo pairasse exclusivo por entre as colunas noturnas de nossa universidade.
                Em meio aos assim chamados estudantes: A muito se diagnostica, do maior ao menor transeunte dos corredores de curso do DCIS, a incompletude e a precarização de nossa academia. Uma academia que, por falta de querer bancar um projeto academicista, nem o talo do tecnicismo consegue atingir. Do alto de um entendimento iluminista acerca do ensino, no qual as Universidades configuram-se como centro irradiador do conhecimento, estamos postos de forma rasteira, de forma a contemplar imaginativos: Onde mesmo iremos aprender aquilo escrito nas ementas das nossas matrizes curriculares?
                Sim! Nossa academia tem problemas! Estruturais, conjunturais e recorrentes! Então, diante de nossa condição de discentes, docentes e funcionários, somos levados a crer que incorporamos interesses díspares e desencontrados. Que tais problemáticas só terão solução quando norteadas por vieses desta ou daquela raça que forma a fauna do DCIS. Não se sabe por quem, e nem para quê, mas entende-se que nossa comunidade de “Socialmente Aplicados” é subdividida em castas, uns mais outros menos competentes para decidir os nossos rumos.
                Por quê? A quem interessa? Aos oráculos que sustentam tal fatiamento, peçamos humildemente uma resposta, uma que aplaine nossos ânimos, uma que justifique nossa condição. Não estamos pedindo o sentido da vida... mesmo que talvez, quem sabe, nossa questão possa estar quase tão irrespondível quanto. Aos oráculos, possíveis detentores da resposta, peçamos um dedo de paciência, prometemos que iremos nos esforçar para compreender, pois, sinceramente, não a vislumbramos apropriadamente. Mas se, por um acaso, por algum motivo, nem os senhores a puderem nos dar, pedimos encarecidamente que deixem a maioria decidir, deixem o interesse da maioria vigorar...
Sonho... e nada de realizar!
Vou tateando... e não consigo pegar!
Caminho... e nada de chegar!
Corro... e não consigo alcançar!
Olho... e fico sem enxergar!
Grito... e não me faço escutar!
Procuro... e nada de encontrar!
Ela existe?
Fico aqui a questionar...
Onde está a resposta
Que eu só consigo almejar?!
(Texto de Fernando Gabriel Lopes Cavalcante - Aluno de Direito da UEFS)

Campanha pela Democracia no DCIS